Os manuais de Historiografia linguística que usamos no século XXI não incluem nenhum nome feminino. Nenhum. Várias gerações de mulheres conseguiram no passado século aceder a um espaço social com um lugar próprio nos estudos de Humanidades – que chegam a ser evocados às vezes como um lugar propício para encontrar marido –. Seria de imaginar que muitas delas tivessem escolhido a Linguística. Filólogas, professoras de idiomas, tradutoras fazem parte do vago catálogo das mulheres consideradas instruídas e, nesse contexto, como é que nenhuma delas consegue visibilidade como tal nos manuais que pretendem apresentar o percurso da disciplina? Acaso nenhuma delas foi boa o suficiente?
____
Editorial: Através 2022
Idioma: Galego