[2ª EDIÇÃO AMPLIADA]
seique surpreendeu no seu momento polo singular enfoque do tema e polo difícil equilíbrio conseguido entre o privado e o público
seique não é um poemário, seique não é um romance, seique não é um ensaio, seique não é uma pesquisa histórica. porém, seique recolhe alguma cousa de cada um desses géneros. seique nasce duma estória de vida insignificante, anónima, para abordar uma reflexão sobre a [des]memória e as maneiras de construir a História. seique não pretende ficcionar uma história, tomando como base uns factos conhecidos de todas, mas todo o contrário, seique parte de uns factos desconhecidos, seique por particulares, ou por insignificantes, seique: a história de um fascista tão sem importância que nem sequer aparece nos arquivos, mas que sim existiu, deixando, seique, marcas que as suas vítimas não esquecem [ou sim]. seique nasce de depoimentos orais, em parte fabulados polas suas próprias emissoras, pois seique o protagonista está desaparecido das fontes documentais. porém, se essas pessoas que viveram e falaram estão já mortas… que contamos, ló? como? que há de certo no que contam umas e outros? e se ademais quem narra faz parte da família? seique. A edição que agora vê a luz acrescenta, além de alguns capítulos que puxam de algum fio solto, uma nova perspetiva produto do distanciamento de Susana Sanches Arins a respeito da sua própria narração. Este exercício permite-lhe refletir sobre a receção do livro e sobre a natureza da sua narrativa, “uma narrativa em construção porque atrás das vozes vêm vozes e outras vozes hão de vir”, e sobre a sua receção. Tais comentários obrigam a redimensionar a conceção do seique como uma obra individual ao mesmo tempo que coletiva, familiar ao mesmo tempo que política e sólida ao mesmo tempo que viscosa, como viscosa é também a memória. [do limiar de María Xesús Nogueira]
Idioma: Gallego
seique não é um poemário, seique não é um romance, seique não é um ensaio, seique não é uma pesquisa histórica. porém, seique recolhe alguma cousa de cada um desses géneros. seique nasce duma estória de vida insignificante, anónima, para abordar uma reflexão sobre a [des]memória e as maneiras de construir a História. seique não pretende ficcionar uma história, tomando como base uns factos conhecidos de todas, mas todo o contrário, seique parte de uns factos desconhecidos, seique por particulares, ou por insignificantes, seique: a história de um fascista tão sem importância que nem sequer aparece nos arquivos, mas que sim existiu, deixando, seique, marcas que as suas vítimas não esquecem [ou sim]. seique nasce de depoimentos orais, em parte fabulados polas suas próprias emissoras, pois seique o protagonista está desaparecido das fontes documentais. porém, se essas pessoas que viveram e falaram estão já mortas… que contamos, ló? como? que há de certo no que contam umas e outros? e se ademais quem narra faz parte da família? seique. A edição que agora vê a luz acrescenta, além de alguns capítulos que puxam de algum fio solto, uma nova perspetiva produto do distanciamento de Susana Sanches Arins a respeito da sua própria narração. Este exercício permite-lhe refletir sobre a receção do livro e sobre a natureza da sua narrativa, “uma narrativa em construção porque atrás das vozes vêm vozes e outras vozes hão de vir”, e sobre a sua receção. Tais comentários obrigam a redimensionar a conceção do seique como uma obra individual ao mesmo tempo que coletiva, familiar ao mesmo tempo que política e sólida ao mesmo tempo que viscosa, como viscosa é também a memória. [do limiar de María Xesús Nogueira]
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Editorial: AtravésIdioma: Gallego