Uma vila qualquer. Uma família como todas as famílias, com os seus rezelos, as suas alianças indestrutíveis, um passado comum e vários segredos por revelar.
Sara, a mãe setuagenária, padece a síndrome de Diógenes e envolve-se em lixo. Mas nem sempre é a doença mental o que empuxa a velhice para este desejo perverso pela imundície.
Alva, a filha, escreve-lhe, entre amante e amante, correios eletrônicos numa viagem por África do Sul.
Pedro, o filho, refugia-se no silêncio e na convenção social.
E será Helena, a companheira de Pedro, quem tenha de turrar do fio para entender as razões agachadas que conduzem a um final trágico.
Numa sociedade rota, o escalpelo de Helena faz anatomia do nojo e descobre a condição rebelde, necessariamente "punk" dos nossos dias.
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Editorial: Chiado